segunda-feira, 7 de maio de 2012

Novo Código Florestal

O programa Por Falar em Ecologia do dia 5 de maio teve como pauta o novo Código Florestal. Estiveram presentes no programa Alvir Longhi, representante do CETAP – Centro de Tecnologias Alternativas Populares  –, Lauro Röesler, especialista em direito ambiental, Jeferson Luis Canto, jardinista, florista e reciclador e Carlos Alexandre, pesquisador em contábeis ambiental.

O início do programa se deu com as palavras do Frei Carlos Alberto que esteve visitando Passo Fundo na semana passada e conversou com o Guardiões da Vida. Para o Frei Betinho o novo código florestal foi mal elaborado, pois aqueles que vivem em contato com a natureza, pequenos agricultores, indígenas, não foram consultados e nem especialistas. Para ele o código foi escrito sobre pressão de ruralistas e pessoas ligadas ao agronegócio.

Frei Betinho também falou sobre o uso excessivo de agrotóxicos que causam câncer e salientou que alguns agrotóxicos, proibidos em outros países e vendidos no Brasil deveriam ser barrados aqui também.

Lauro explicou que se a sociedade ou juristas entenderem que o novo código é um retrocesso então haverá movimentos de inconstitucionalidade, pois a Legislação Brasileira não permite que haja um retrocesso em relação a preservação. Além disso, o novo código não vai revogar o estadual ou o municipal e vai ficar valendo aquele que for mais protecionista, então Passo Fundo pode fazer uma legislação protecionista e fazer uso desta.

Alvir defendeu o Código Florestal vigente que, segundo ele, é muito bom. O que está acontecendo é que quem não cumpre a lei, mas tem influência, resolveu mudá-la. Alvir acredita que o novo código será vetado pela presidente Dilma.

Jeferson enfatiza que os nossos representantes devem ver o que a sociedade deseja e tomar uma posição.


Carlos Alexandre salienta que a discussão do código é meramente política, mas que ela deveria ser jurídica e ter sua aplicação discutida.



Todos concordaram que é preciso seguir o caminho da sustentabilidade e que não dá para ver a natureza de um lado e a economia de outro.

Para Lauro, o Brasil tem potencial para ser o líder da sustentabilidade.

Alvir expôs que a mata ciliar pode ser uma forma de gerar renda e citou uma comunidade que trabalha com o pinhão. Segundo ele é possível fazer bolacha e croquete de pinhão, além de suco butiá e inúmeras outros alimentos que estão sendo valorizados.

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