quinta-feira, 31 de maio de 2012

Rio + 20: O meio ambiente como prioridade social


Um dos eventos mais famosos na área da ecologia foi o Rio-92 ou Eco-92 -  oficialmente, Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - realizado entre 3 e 14 de junho de 1992, na cidade do Rio de Janeiro. Nele, foram tratados assuntos de interesse social, como a conciliação do progresso sócio-econômico com a proteção e conservação dos biomas e recursos do planeta.

Em 2012, a ONU - Organização das Nações Unidas - propõe uma releitura do famoso encontro: a Rio + 20 (ou Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável). Como o próprio nome do evento sugere, ele ocorre vinte anos depois da primeira iniciativa. Dessa vez, pretende-se discutir a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza e a estrutura para isso.


Para o engenheiro ambiental Rubens Marcon Astolfi, o evento é muito importante, principalmente pelas causas da preservação da natureza e da qualidade de vida. “O comprometimento político de nossos gestores é fundamental para o bom andamento dos projetos e das leis na área ambiental. Eles são os primeiros que devem se convencer da importância do evento e também do tema”, salienta Astolfi.

Segundo ele, a consciência ambiental já foi despertada na sociedade, mas precisa ainda de ações, incentivos e condições por parte dos poderes públicos. “O meio ambiente não tem mais tempo para esperar decisões de governantes, ou grupos de países. Está mais do que provado que é uma questão urgente, onde cada um deve fazer a sua parte, para que no final possamos ter uma qualidade de vida melhor que essa. Espero que a Rio + 20 venha com boas novidades para todos”, destaca Rubens.

Em seu papel de conscientização ecológica e amor ao meio ambiente, o Grupo Ecológico Guardiões da Vida apóia iniciativas como a Rio + 20.  



Rio + 20: de 13 a 22 de junho de 2012, no Rio de Janeiro.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Ações na Semana do Meio Ambiente

Diversos setores da sociedade 
se manifestaram contra o novo 
código florestal. Inclusive a 
Turma do Chico Bento.



















Neste sábado, dia 26 de maio, Carlos Eduardo Sander recebeu no programa Por Falar em Ecologia uma série de convidados. A proximidade da Semana do Meio Ambiente motiva grupos ecológicos e cidadãos a se mobilizarem pela causa ambiental.

Código Florestal

 
A proposta de novo Código Florestal gerou grande polêmica nos meios ecológicos e na sociedade civil. O veto parcial do código, efetuado pela presidenta Dilma Rousseff, gerou um breve debate de ideias entre Preto, Flávia Biondo, representante do Museu Zoobotânico Augusto Ruschi - MUZAR/UPF -, Ademar Marques, representante da Agenda 21 em Passo Fundo, Aline Schu, do Grupo Ecológico Sentinela dos Pampas - GESP - e Carla Patines, do SENAC. Em pauta também diversos assuntos de ordem ecológica e ambiental.


Ações pelo Meio Ambiente

 
As comemorações, manifestações e atividades especiais pelo meio ambiente na cidade de Passo Fundo ocorrem desde o dia 21 de maio, através da 3ª Mostra de Vídeos Circuito Tela Verde, com diversos movimentos comunitários sócio-ambientais. Saiba mais, clicando aqui.

Já no dia 2 de junho, ocorre a Caminhada da Cidadania pelo Meio Ambiente, com partida às 8h da manhã do parque da Gare, seguindo pelas Avenidas Sete de Setembro e Brasil, Ruas Fagundes dos Reis e Moron, encerrando por volta das 11h, com ato ecológico na Praça Marechal Floriano. O blog do Grupo Ecológico Guardiões da Vida e o Por Falar em Ecologia estarão presentes no evento. Aline Schu e Flávia Biondo destacam que a caminhada será silenciosa, afinal o barulho apenas agravaria o problema da poluição sonora urbana. Quem quiser comparecer ao evento portando bicicletas, também será bem-vindo.

No dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, ocorre um seminário sobre o tema, no teatro do SESC, localizado na Avenida Brasil Oeste, 30. Na oportunidade, será entregue também o troféu Via Eco. As vagas são limitadas. Para participar, entre em contato com a Agenda 21, no e-mail agenda21passofundo@gmail.com .

Ademar Marques convidou a comunidade a prestigiar o novo programa sobre Meio Ambiente que será apresentado na TV Câmara Passo Fundo. Veja mais informações aqui.


Fique ligado: a Rio + 20 está chegando!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Diversidade e sustentabilidade

O programa Por Falar em Ecologia deste sábado iniciou com a participação de Oscar dos Santos, coordenador técnico do grupo Plural Coletivo LGBT, que divulgou o evento Educação para a Diversidade e o Combate a Homofobia na Escola com palestra da Professora Marina Reidel que é Arte Educadora da escola do Rio de Janeiro e também a 1ª Marcha Contra a Homofobia em Passo Fundo e Região. Oscar destacou a importância da educação, para que se obtenha a liberdade e a igualdade dos gêneros, pois a diversidade existe e não é só nas orientações sexuais.

Reciclagem

De acordo com o site Compam, reciclagem é um conjunto de técnicas que tem por finalidade aproveitar os detritos e reutilizá-los no ciclo de produção de que saíram resultado de uma série de atividades, pela qual os materiais que se tornariam lixo, ou estão no lixo, são desviados, coletados, separados e processados para serem usados como matéria-prima na manufatura de novos produtos. E é isso mesmo que a Escola Monteiro Lobato, do bairro Planaltina, faz com materiais elétricos e eletrônicos antigos, através de uma ação encabeçada pelo funcionário Jorge Gomes, onde são realizadas coletas de artigos em desuso como toca-discos, toca-fitas, vídeo games, forno elétricos, microondas, computadores e qualquer outro material nesse mesmo segmento.

O uso de reciclagem para ajudar no descarte correto de equipamentos eletrônicos, além de contribuir com a natureza, ajuda no embelezamento de áreas. Com estilo e criatividade, pode-se transformar gabinetes de computadores antigos para fazer belas floreiras, monitores podem virar ótimas casinhas para animais de pequeno porte como cães e gatos, mas também podem ser transformados em belos aquários se bem vedados, os vidros das telas viram lindos enfeites de mesa, eletrodos, bijuterias, abajures, entre outros.

A escola Monteiro Lobato recebeu em doações no passado aproximadamente três toneladas em materiais. O que não se pode reciclar na própria escola é vendido a empresas especializadas. O valor gerado com essa venda traz melhorias internas a escola. Além da natureza, essa ação ajuda na educação, mostrando aos alunos alguns artefatos que eles só tinham ouvido falar, mas não conheciam pessoalmente.

Os pequenos alunos de 1ª a 5ª série também são alvos de educação relacionado a reciclagem. Com eles é usado o viés da contação de histórias, onde se trata de assuntos como saudade, amor, respeito, amizade, carinho, usando essas palavras-chaves para educar e fazer com que esses pequenos ouvintes e leitores possam ter uma consciência ambiental, porque essa não vem só pensando na ecologia em si, mas trabalhando um raio de abrangência maiores para que no final se obtenha um resultado favorável a natureza e também as próximas gerações.

Participou também do programa o professor da Universidade de Passo Fundo Carlos Alexandre da Costa, que lançou nesta semana o livro Contabilidade e Ambiental, onde aborda assuntos como sustentabilidade, onde todo impacto ambiental gera um impacto econômico, seja positivo ou negativo, buscando o equilíbrio entre meio econômico, produtivo e natural.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Trânsito e educação

A ONU decretou de 2011 a 2020 a década de ações pela segurança no trânsito. São ações e operações que visam a prevenção de acidentes. A ONU tomou a decisão motivada por dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) , que apontam cerca de 1,3 milhão de vítimas fatais todo o ano no mundo e aproximadamente US$ 518 bilhões em gastos devido a acidentes. De acordo com os dados da OMS, cerca de 90% das mortes ocorrem em países de baixa e média renda, inclusive o Brasil. A meta é reduzir as mortes, o número de feridos e de sequelados em 50%. 

Em Passo Fundo, a Polícia Rodoviária Federal, Brigada Militar e Guarda Municipal de Trânsito trabalham em parceira para monitorar, investir e incentivar a prevenção de acidentes. O resultado tem sido positivo, principalmente onde há controladores eletrônicos, explica Cristiano Novello, chefe dos Agentes Fiscais de Trânsito de Passo Fundo. Mas muito ainda precisa ser feito.

    Em vista disso, surge a questão: o que é preciso para mudar o comportamento dos motoristas?

No Por Falar em Ecologia do último sábado, 12, os convidados debateram sobre a situação do trânsito, principalmente em Passo Fundo. O professor  e  Agente da Defesa Sanitária Vegetal Plena, Jaimir Zamarche e Renato Lângaro, Administrador e pós-graduando em Educação, Segurança e Administração de Trânsito, comentam o problema das estradas brasileiras e a falta de educação dos motoristas e também pedestres.

As pessoas reclamam das multas, mas Renato lembra que “se não houvesse infrator, não haveria multa”. São regras de convivência, que foram criadas para manter o bom andamento da sociedade, mas, viemos de uma má cultura que não se aplica só ao trânsito, mas com relação ao lixo, cuidados com o meio ambiente, e outras ações do nosso dia a dia.

Vivemos na correria, parece que não temos mais tempo nem de respeitar o semelhante, “precisamos  mudar, resgatar algumas atitudes que podem fazer diferença, a cultura da pressa está acabando com a sociedade”, diz o professor Jaimir.

Para finalizar, como era véspera de Dia da Mães, Jaimir deixou uma bela mensagem:


Obrigado Senhor!


Obrigado, Senhor, pela mãe que você me deu...
...por todas as mães do mundo
...pelas mães brancas, de pele alvinha...
...pelas pardas, morenas e bem pretinhas...
pelas ricas e pelas pobrezinhas...
...pelas mães titias, pelas mães vovós, pelas madrastas mães, 
pelas professoras mães...
...pela mãe que embala ao colo o filho que não é seu...
...pela saudade querida da mãe que já partiu...
...pelo amor latente em todas as mulheres, que desperta ao sentir desabrochar em si uma nova vida...
...pelo amor, maravilhoso amor que une mães e filhos...
Eu lhe agradeço, Senhor ! 

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Comunicação e Educação Ambiental


Fonte: Google Imagens
Por Kaira Monteiro dos Santos

Os conceitos de comunicação e educação na atualidade estão diretamente ligados. O uso das mídias de massa ajuda a proporcionar uma educação com maior qualidade e versatilidade. Também possibilita a professores um leque maior de opções na hora de passar o conhecimento a seus alunos, não sendo somente esta uma opção. Pode-se transmitir educação ambiental a toda e qualquer pessoa que de um modo ou de outro queira saber como ser sustentável.

Comunicação é a informação na prática, abrangendo o estudo sobre transmissão, captação e impacto social que esta causa ao chegar no seu receptor. Basicamente dialógica, a comunicação é uma troca de papéis que acontece de maneira recíproca entre dois indivíduos ou entre homem e máquina, sendo necessário neste caso, alguns pontos importantes para que a mesma aconteça, como capacidade de receber, processar e responder ao estímulo.

Quando nos referimos à educação neste caso em especial, partimos do ponto que o ser humano necessita da educação para conseguir conviver em uma sociedade civilizada. A educação aqui, basicamente é tratada de maneira a informar, como processo, ocorrendo junto a comunicação, construindo o ser humano, sempre levando em conta sua cultura, formação educacional e personalidade.

Educação ambiental nada mais é do que o ensinar para a preservação, conservação e mobilização em torno do meio em que vivemos, constituindo uma arena, um espaço social onde se abriga uma diversidade de práticas para a formação do indivíduo. A extensão dessa forma de educação nasce diante da exigência que há perante às escolhas éticas e políticas, propondo uma ação ao ser estudo desse viés, a fim de que se torne algo prático, de uso comum e principalmente de uso contínuo. O educar ambiental traz ações para a prática do reaproveitamento ou do descarte de forma correta e ordenada. Faz também com que cada um seja responsável pelos seus atos ou ações que possam a vir prejudicar o meio ambiente fazendo com que se pense em preservação de maneira mais direta possível. Colocando-se em situações de prejuízo próprio, cada pessoa vai pensar antes de prejudicar a natureza. 

Usar restos de frutas, vegetais, folhas secas e até mesmo de alguns alimentos como adubo, reciclar garrafas pet, computadores velhos, latas, e outros objetos para se fazer floreiras, ou mesmo pequenos vasinhos de flores, destinar outros objetos como pilhas, baterias de celular, eletrodos de computadores, vídeo games antigos ao seu descarte correto: tudo isso já é um começo da prática da educação ambiental.

Juntamente com a educação, necessita-se de uma capacitação. Para transformar a sociedade e a realidade de seus indivíduos não se pode usar apenas o teórico, mas também o prático, mostrando a cada um a forma correta de agir, para que a educação não fique apenas em livros, artigos, matérias de jornais ou rádios, mas que possa vir a ser usada no dia a dia, trazendo benefícios para o planeta e evitando tragédias naturais.


“Tudo o que existe e vive precisa ser cuidado, para continuar e existir e a viver: uma planta, um animal, uma criança, um idoso, o planeta Terra”. Leonardo Boff

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Novo Código Florestal

O programa Por Falar em Ecologia do dia 5 de maio teve como pauta o novo Código Florestal. Estiveram presentes no programa Alvir Longhi, representante do CETAP – Centro de Tecnologias Alternativas Populares  –, Lauro Röesler, especialista em direito ambiental, Jeferson Luis Canto, jardinista, florista e reciclador e Carlos Alexandre, pesquisador em contábeis ambiental.

O início do programa se deu com as palavras do Frei Carlos Alberto que esteve visitando Passo Fundo na semana passada e conversou com o Guardiões da Vida. Para o Frei Betinho o novo código florestal foi mal elaborado, pois aqueles que vivem em contato com a natureza, pequenos agricultores, indígenas, não foram consultados e nem especialistas. Para ele o código foi escrito sobre pressão de ruralistas e pessoas ligadas ao agronegócio.

Frei Betinho também falou sobre o uso excessivo de agrotóxicos que causam câncer e salientou que alguns agrotóxicos, proibidos em outros países e vendidos no Brasil deveriam ser barrados aqui também.

Lauro explicou que se a sociedade ou juristas entenderem que o novo código é um retrocesso então haverá movimentos de inconstitucionalidade, pois a Legislação Brasileira não permite que haja um retrocesso em relação a preservação. Além disso, o novo código não vai revogar o estadual ou o municipal e vai ficar valendo aquele que for mais protecionista, então Passo Fundo pode fazer uma legislação protecionista e fazer uso desta.

Alvir defendeu o Código Florestal vigente que, segundo ele, é muito bom. O que está acontecendo é que quem não cumpre a lei, mas tem influência, resolveu mudá-la. Alvir acredita que o novo código será vetado pela presidente Dilma.

Jeferson enfatiza que os nossos representantes devem ver o que a sociedade deseja e tomar uma posição.


Carlos Alexandre salienta que a discussão do código é meramente política, mas que ela deveria ser jurídica e ter sua aplicação discutida.



Todos concordaram que é preciso seguir o caminho da sustentabilidade e que não dá para ver a natureza de um lado e a economia de outro.

Para Lauro, o Brasil tem potencial para ser o líder da sustentabilidade.

Alvir expôs que a mata ciliar pode ser uma forma de gerar renda e citou uma comunidade que trabalha com o pinhão. Segundo ele é possível fazer bolacha e croquete de pinhão, além de suco butiá e inúmeras outros alimentos que estão sendo valorizados.