segunda-feira, 30 de abril de 2012

Ecologia e Educação

O programa Por Falar em Ecologia do dia 28.04, teve como tema principal de debate o Programa Mais Educação, do MEC. Este programa, tem como objetivo aumentar a oferta educativa nas escolas públicas por meio de atividades optativas como acompanhamento pedagógico, meio ambiente, esporte e lazer, direitos humanos, cultura e artes, cultura digital, prevenção e promoção da saúde, educomunicação, educação científica e educação econômica.

Quem esteve presente nos estúdios da rádio Diário AM para falar sobre o assunto foram as professoras Maria Luiza Wagner Camargo, representando a 7ª CRE, e Lucinda Gonçalves Pinheiro, representando a Agenda 21 e o Grupo Ecológico Sentinela dos Pampas. As professoras ressaltaram o papel do programa Mais Educação, em conjunto com educadores e as famílias, para incentivar o aluno a "socializar", a realizar atividades fora de seu bairro, expandir, conhecer, produzir além do básico de seu cotidiano. 

Sabemos da importância que a família tem no processo educativo da criança, e do jovem também, porque não. Mas o que vemos geralmente é que os pais acompanham os filhos em seus primeiros anos na escola, e depois acabam deixando um pouco de lado essa atividade. O Programa Mais Educação procura chamar esses pais de volta, a participarem do processo de aprendizagem do fiilho, porque educação é um processo da vida inteira, não acaba quando o aluno sai da escola. 

A professora Lucinda trouxe presente a educação ambiental, que procura trabalhar também com a participação da família na escola, no intuíto de cuidar da vida, quando criança, cuidar da vida enquanto pai, mãe, profissional, "principalmente nós, profissionais da educação, que cada dia nos deparamos com uma realidade diferente, um contexto diferente", diz a professora.

Com a participação dos ouvintes por telefone, outro tema foi abordado rapidamente pelo pouco tempo que restava, mas que sem dúvida ainda será pauta nos próximos debates: o Código Floretal.

Quase no fim do programa, um ouvinte muito participativo aparece no estúdio para acrescentar e trazer a provocação para os demais ouvintes. Jeferson Luiz Canto, que trabalha como jardineiro, aproveita a ocasião para pedir o alerta da população, pois sendo o Brasil uma potência mundial, principalmente no que diz respeito aos recursos naturais, "estamos prontos para sermos explorados, temos a maior reserva de água doce do mundo e inúmeros outros recursos; já fomos explorados uma vez quando levaram o Pau Brasil, é hora de abrir o olho", acrescenta Jeferson.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Ações sobre o meio ambiente na cidade

Neste sábado, 21 de abril, foi ao ar a 407° edição do programa Por Falar em Ecologia, na Rádio Diário AM. A atração veiculada semanalmente entrou no mês de comemoração de seus oito anos no ar.

Visto que dia 19 foi o dia do Índio, o apresentador Carlos Eduardo Sander propôs reflexões sobre os primeiros habitantes da América através de duas músicas.

Sander também recebeu no estúdio o militante do Grupo Ecológico Guardiões da Vida, GEGV, Clóvis Alves, o qual foi por muitos anos Secretário do Meio Ambiente em Passo Fundo. Na ocasião, foi possível fazer um balanço sobre seu tempo de atuação na pasta municipal. No período, uma série de mudanças pró-meio ambiente foram efetivadas, como a implementação da coleta seletiva e o uso de contêineres. Durante o programa, Jeferson, o jardinista, homenageou Alves pela trajetória dedicada à causa ecológica com uma flor brinco de princesa.

Coleta seletiva
Desde 2010, Passo Fundo conta com a coleta seletiva de lixo. No sistema adotado pela cidade, resíduos orgânicos são depositados em contêineres de cor laranja. Já o lixo seco e reciclável é acondicionado em contentores azuis. Assim, os caminhões da Codepas passam recolhendo separadamente o material que tem como destino principalmente um aterro sanitário, no caso do lixo orgânico, e usinas de reciclagem, no caso do seco. Embora ainda nem toda a cidade conte com o serviço, 700 pontos voluntários recolhem e separam os resíduos, contribuindo com ações de reciclagem. O ex-secretário Clóvis Alves afirma que a tendência é que 100% da cidade seja amparada pelo serviço.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

A terra das águas

Foto: Giordana Pezzini
Por Giordana Pezzini

"Terra das águas”. É assim que é chamado o país com a maior quantidade da mais preciosa fonte de vida que temos: a água. Mas também é um dos que mais pratica o uso irracional deste recurso.

Em pleno século XXI, era de tantas inovações e avanços tecnológicos, embora a sociedade tenha se dado conta de que o Brasil é um país com água em abundância, não percebeu ainda o sério risco que corremos. Fazendo um uso muitas vezes abusivo, podemos ficar sem água.

De acordo com dados do Portal São Francisco, de toda a água disponível na Terra, 97,6% está nos oceanos. Os 2,4% restantes, divididos entre rios, geleiras e lagos.

Brasil, Rússia e Canadá são as nações que basicamente “controlam” as reservas de água potável mundiais. Na Rússia e no Canadá, a maior parte dessa água fica concentrada nas geleiras.

Os países que mais sofrem com a falta de água estão no Oriente Médio e na África. No Brasil, o maior problema de escassez ainda é no Nordeste, aonde o sistema de pluviosidade é muito complexo.

“Detemos mais de 11% da água doce do planeta. É uma dádiva para um território com menos de 3% da população”, diz Matthew Shirts, redator chefe da National Geographic Brasil, em uma edição especial da revista sobre os recursos hídricos do Brasil.

Porém, o desperdício também é enorme por aqui. Banhos demorados, torneira aberta sem necessidade, são exemplos bem rotineiros. Tudo bem, cada um sabe de suas necessidades, mas um pouco de bom senso não faz mal para ninguém.

Ao sair do banho um minuto antes do normal, por exemplo, podemos economizar até 6 litros de água. De acordo com dados da Superinteressante, se uma cidade de 2 milhões de habitantes fizesse isso, conseguiriam poupar até 6 milhões de litros (mais de duas piscinas olímpicas).

Enquanto esbanjamos boa parte da água, outros seres humanos, a fauna e flora morrem pela falta dela. Além da escassez temos o problema do comprometimento da qualidade da água causado pelos despejos de esgotos, resíduos químicos e a poluição em geral, até com dejetos maiores; que causam doenças e vitimam principalmente crianças.

A partir destes dados e na situação em que o planeta se encontra, é possível que a próxima guerra mundial seja pela água, e não pelo petróleo.

“Além da poluição biológica por microrganismos existe a poluição por derivados de pet, pneus, até televisão já achamos dentro do rio; são materiais não biodegradáveis que não se decompõe dentro do manancial”, diz Claudir Alves, da Corsan de Passo Fundo.

Diariamente aqui em Passo Fundo, a Corsan trata 55 mil metros cúbicos de água por dia (55 milhões de litros), então o cálculo do consumo seria em torno de 280 litros por pessoa -por dia (uma mangueira aberta durante 15 minutos pode gastar esses 280 litros de água). Porém, a ONU recomenda um consumo (gasto) diário de 200 litros como sendo o ideal.


CURIOSIDADES:

- Cada milímetro de chuva corresponde a um litro de água por metro quadrado. Por exemplo, uma chuva de 30 mm, significa que caíram 30 litros de água por metro quadrado;

- Nas proximidades do pico do Marumbi, no Paraná, está o recorde nacional de precipitações: mais de 5.000 mm/ano. Já em locais com Picuí, na Paraíba, chove menos de 300 mm/ano.

- O dióxido de carbono que emitimos na atmosfera aumenta a acidez da água dos oceanos, o que acaba prejudicando o equilíbrio da biodiversidade marinha.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Campanha da Fraternidade e Educação Ambiental

Na manhã do dia 14 de abril, o programa Por Falar em Ecologia foi voltado à Campanha da Fraternidade 2012, que traz para discussão o tema saúde. A atração também apresentou à comunidade Jared, que veio a Passo Fundo apresentar uma peça sobre conscientização social e ambiental.

O tema da Campanha da Fraternidade deste ano é “Fraternidade e Saúde Pública” e o lema é “Que a saúde se difunda sobre a terra”. No programa estiveram presentes Marli Ribeiro Guilhon e Leontina Colussi que fazem parte da equipe da área, Ivanilde Dal Pró Zucco, coordenadora da Pastoral da Saúde da Paróquia Santo Antônio, e João Maria, coordenador diocesano, também responsável pela Pastoral da Saúde do Santuário Nossa Senhora Aparecida.

O tema foi escolhido devido a necessidade que o povo tem de ter acesso a saúde pública, segundo a visão da Pastoral. O assunto surgiu na Assembleia Diocesana e foi aprovado na Assembleia Nacional dos Bispos. O foco da campanha é a prevenção, promoção e recuperação.

A campanha visa difundir, promover e cuidar da vida. Para alcançar esse objetivo o trabalho está sendo desenvolvido em três dimensões. A primeira dimensão é a solidária, onde o doente é visitado; a segunda é a comunitária, onde é trabalhada a prevenção e a reeducação através de exposição de ervas, visitas a escolas, encontros e palestras que falam sobre alimentação e hábitos saudáveis. A terceira dimensão é a política-institucional que é a atuação junto a órgãos, instituições públicas e privadas, encontros e conselhos municipais.

Ivanilde colocou que a saúde é um direito de todos e dever do Estado e que o SUS deve ser valorizado. Ao serem questionados sobre fonte das doenças, João Maria citou os hábitos alimentares, que segundo ele devem ser trabalhados nas escolas e universidades para que haja uma reeducação alimentar. Além disso, João Maria expôs a realidade de que há muitas pessoas faturando em cima das doenças. Ele afirma que as doenças geram dinheiro. Passo Fundo é um exemplo de cidade visitada diariamente por milhares de pessoas que buscam atendimentos médicos.

Marli chamou a atenção daqueles que marcam consultas ou exames e que depois não comparecem, assim  tirando o lugar de alguém que precisa. Ivanilde alertou a população para que busque ajuda nos CAIS quando os sintomas são sentidos. Leontina lembrou que a saúde não passa pela farmácia, mas pela cozinha.

Depois da discussão sobre a Campanha da Fraternidade foi a vez de Jared Greene falar sobre seu trabalho. Jared é americano, mora em Pullman, Washington. Fez faculdade de teatro, gosta de atuar, dançar, cantar. Além disso, é apaixonado pela natureza e adora trabalhar com crianças.

Jared veio para o Brasil através do Centro de Desenvolvimento e Educação Ambiental Thaines & Bodah e está em Passo Fundo para apresentar uma peça de conscientização social e ambiental escrita por ele em janeiro deste ano. A peça é voltada para crianças e está sendo apresentada nas escolas, principalmente nas que atendem classes sociais mais baixas.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Poluição sonora, um problema urbano

Um problema da sociedade em constante discussão é a poluição sonora, seja ela originária da falta de bom senso de pessoas ou dos excessos por parte de comércios e indústrias, que não respeitam os níveis toleráveis de emissão sonora.

No programa Por Falar em Ecologia do sábado, dia 7 de abril, o Tenente Joceli de Melo, do Batalhão Ambiental da Brigada Militar, e o ex-secretário municipal de Meio Ambiente Clóvis Alves, expuseram algumas questões relacionadas a este assunto.

O Tenente acredita que a existência de leis tratando do assunto expoem necessidades sociais, que geram demandas e servem como gatilho para que as autoridades tomem providências. Ainda de acordo com o militar, o crescimento considerável da frota de veículos é um dos fatores que interferem no tema. Recentemente, uma lei proibiu o funcionamento de postos à noite, devido a grupos de jovens que incomodavam o sono e o sossego dos moradores ao redor.

O policial acredita que a educação - ou a falta dela -, as sensações de ostentação e prazer, além da impunidade, uma vez que a BM não consegue autuar a todos, fazem com que os mesmos se sintam encorajados a continuar.

Além de trabalhar com a questão sonora, o Batalhão Ambiental ainda enfrenta outros crimes ambientais, relacionamentos a desmatamentos, drenagem de banhados, pesca ilegal, entre outros. O Batalhão, além de repreender, atua na educação ambiental, conscientizando infratores.
Já Clóvis Alves destacou seu trabalho à frente da secretaria e as perspectivas para o desempenho de Glauco Politta, seu substituto na pasta.

Os convidados concordam que bom senso, educação e tolerância, em alguns casos, são essenciais para ajudar a evitar abusos. Órgãos públicos tem o dever de fiscalizar e punir, mas a população também deve fazer a sua parte, principalmente do ponto-de-vista educacional. A educação ambiental deve vir de berço, através de gestos simples. Detalhes que fazem toda a diferença no futuro.

Por Falar em Ecologia. Sábado, 9h, na Diário AM

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Reciclagem e Semana da Água

Na manhã do sábado, dia 31 de março, o programa número 404 do Por Falar em Ecologia, recebeu a visita de Alexson José da Silva, representante do Projeto TransformAção. Na ocasião, ele conversou com o apresentador Carlos Eduardo Sander, o Preto, sobre as cooperativas que fazem parte da organização. 


Projeto TransformAção
O projeto lançado em parceria com a Cáritas Arquidiocesana agrupa atualmente quatro entidades, sendo elas a COOTRAEMPO, no bairro Santa Marta, a AREVI, na Vila Bom Jesus, a RECIBELA, no bairro São João, junto ao Aterro Sanitário, e a AAMA na Vila Popular.

A intenção do projeto é transformar pessoas que querem e precisam trabalhar. Como catadores e recicladores, eles atuam associados, na base do cooperativismo.

Acredita-se que, hoje, 120 toneladas de lixo sejam coletadas em Passo Fundo. Para citar um exemplo, quando se recicla uma latinha economiza-se em torno de 95% da energia que seria empregada para fabricação de uma nova. Os bairros Donária e Bom Jesus também ganharam um incentivo, uma vez que receberam pavilhões com aproximadamente 600m² cada um.

Semana da água no Colégio Anna Luísa
Por telefone, a professora de Geografia do colégio Anna Luísa Ferrão Teixeira e membro do GESP, Lucinda Pinheiro, falou com Preto sobre as festividades relativas à Semana da Água realizadas na instituição.

Por Falar em Ecologia - sábados, 9h, na Diário AM