segunda-feira, 11 de junho de 2012

CETAP e Educação Ambiental

Foto: Google Imagens
“Jogar fora não existe mais, isso aí já passou, a história agora é perceber, que isso que a gente chamava de lixo, agora é resíduo, e esse resíduo tem valor, e esse resíduo não colocado no lugar certo vira lixo e depois vira um grande problema.” Com essa frase Carlos Eduardo Sander, o Preto, iniciou o programa Por Falar em Ecologia do último sábado, que tratou do assunto "consumo sustentável".

Com a participação de Alvir Longhi, representante do CETAP - Centro de Tecnologias Alternativas Populares -, que falou sobre a Conferência Internacional com o tema Consumo Sustentável que iniciou no dia 05 de junho na cidade de Torres e encerrou dia 8 de junho aqui em Passo Fundo, tendo como integrantes deste evento grupos nacionais como Teia de Educadores da Mata Atlântica aqui do Brasil, e internacionais como o Grupo Pereira da Argentina e a Rede de Sementes Crioula do Uruguai, que dividiram suas experiências, gerando um debate em torno desta temática.

Mesmo que as pessoas acreditem que este tema é um pouco distante da nossa realidade, pois se tem água em abundância e muitos recursos naturais a disposição, poucas se dão conta de que existe uma escassez desses recursos, que estamos chegando em um limite destes fornecimentos.
Foto: Kaira Monteiro dos Santos
A educação ambiental entra como uma saída para que as futuras gerações não sofram com a limitação do usos desses recursos, dado ao fato de que esse planeta não é propriedade de uma pessoa, mas de todo mundo, e adotando outro comportamento.

Alvir Longhi explica: “É um pouco o que gente tentou fazer nesse evento,seja o que aconteceu em Torres ou o que aconteceu aqui em Passo Fundo, primeiro a necessidade, não é nem a importância. É a necessidade nesse momento que a gente vive de adotarmos um outro comportamento do ponto de vista de consumo. No sentido de que o nosso hábito de consumir esteja respeitando ou ele esteja sendo coerente com as questões ambientais e com as questões sociais que envolvem a produção de determinado produto que a gente compra. Isso é extremamente necessário nesse momento, não só reduzir o consumo, a gente debate muito que precisamos reduzir o consumo, isso também é necessário, mas além de reduzir, é rever o que a gente está consumindo, a forma de consumir. Eu sempre trago como exemplo a questão dos alimentos, mas podia ser de eletrodomésticos, poderia ser de qualquer outra coisa, quando a gente opta por comprar um alimento que é produzido de uma forma que usa agrotóxicos, enfim, um pacote tecnológico todo, industrial, convencional, baseado nos agroquímicos, não estamos comprando só aquele produto, não estamos comprando só o arroz, não estamos comprando só o chocolate, não estamos comprando só o chocolate, não estamos comprando só a carne, estamos comprando e impulsionando um sistema de produção e de distribuição desse alimento que é degradador dos recursos naturais e depredador das relações sociais por onde ele passa. Quer dizer então nós temos responsabilidades sobre aquilo ali, aquela opção tem um reflexo."

"Quando trouxemos Marcelo Barros a Passo Fundo, há mais ou menos 11 anos atrás para falar sobre ética no consumo - porque já debatíamos isso na época - a fim de formular uma concepção sobre o que seria consumo responsável, o Marcelo nos falou o seguinte: 'quando eu compro um sorvete da Nestlé, esse sorvete tem um sabor diferente do que se eu comprar um sorvete daquela sorveteria que está lá em Goiânia que usa frutos do cerrado, motivando agricultores, pequenos fazendeiros e preservar o cerrado, quem processa a polpa são agricultores familiares e quem faz é um empreendimento familiar de Goiás.”

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